Empreendedora brasileira fatura R$ 13 milhões com brigadeiros nos Estados Unidos

em quinta-feira, 14 de abril de 2022

 Veja essa historia dessa empreendedora  brasileira que faturou 13 milhões vendendo brigadeiros gourmet.



Para Renata Stoica, brigadeiro tem um apelo emocional: lembra os dias de infância preparando os DOCES. “É uma memória muito positiva com meus amigos indo para a minha casa porque sabiam que teria chocolate”, afirma a paulista da cidade de Itapeva. A paixão era tanta que ela confiou que o doce seria amado em outros lugares do mundo e criou a TinyB, empresa que vende brigadeiros e tem uma fábrica no Vale do Silício, nos Estados Unidos. O negócio faturou US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 13 milhões na cotação atual) nos últimos 12 meses.

Stoica, 44 anos, se mudou para os Estados Unidos em 2013 para viver com o marido norte-americano. Anteriormente, no Brasil, ela trabalhava como enfermeira, mas estava insatisfeita com a profissão e pensava em seguir carreira como fotógrafa — um de seus hobbies. No entanto, em uma conversa com uma amiga, percebeu que poderia ser interessante vender brigadeiros na cidade de São Francisco, nos EUA.

“Eu costumava fazer brigadeiros para amigos que nos visitavam em casa e pensei que poderia dar certo começar uma empresa”, afirma. Quando perguntou a opinião do marido sobre o negócio, ele ficou com receio, não sabia se faria sucesso entre os estadunidenses por ser muito doce. Stoica não se deixou abater e testou diversas receitas para conseguir encontrar o sabor ideal.

A partir daí, o desafio era outro: achar toda a matéria-prima que necessária para fazer os brigadeiros. “Eu comprava leite condensado em um supermercado latino, mas era muito caro e em pouca quantidade, então era inviável fazer para vender”, afirma a empreendedora, que encontrou um fornecedor pesquisando no Google. Já as forminhas e granulados eram comprados no Brasil e levados por amigos e parentes da empreendedora.

O negócio foi oficializado em 2014. Ela fazia os doces na cozinha da própria casa e oferecia o produto para restaurantes e cafeterias. Também tentou emplacar o brigadeiro em casamentos, mas sentiu uma barreira. “Aqui as tradições em casamento são outras, e as pessoas não sentiam vontade de experimentar o brigadeiro durante a festa. Eu acabava vendendo poucas unidades”, afirma, acrescentando que os consumidores aprovavam o produto, mas a empresa ainda vendia pouco. "Percebi que não chegaríamos muito longe desta maneira.” 


A virada veio em 2017, quando a marca foi convidada por empresa para desenvolver um workshop de brigadeiro. “Era uma casa com cerca de 30 pessoas e fizemos os doces no local. Todo mundo adorou o cheiro”, diz Stoica, que percebeu que seria mais vantajoso ter corporações como clientes.




“É uma prática muito interessante para empresas que querem fazer integrações entre os funcionários para conseguir engajamento”, afirma. Com isso, a TinyB passou a ficar conhecida no setor e crescer especialmente pela divulgação dos próprios consumidores. Em 2019, a empresa criou uma fábrica na região do Vale do Silício, onde ficaria mais perto de grandes corporações como o Google e Facebook — que já eram clientes.  


Realizando eventos presenciais, a TinyB foi impactada fortemente no início da pandemia do corona vírus, em março de 2020. A saída foi uma versão online das aulas de brigadeiro: as caixas com os produtos eram enviadas para as empresas e seus funcionários fazerem os doces em suas casas.

Outra solução foi aumentar a oferta de produtos. Assim, a TinyB também passou a oferecer os cookies — mais conhecidos pelos estadunidenses. "Decidi fazer cookies recheados de brigadeiro que se tornaram bem atrativos para os clientes do nosso e-commerce. Eles levavam o cookie que já estavam acostumados e o brigadeiro para experimentar", afirma.  Os eventos virtuais fizeram tanto sucesso que seguem no portfólio da empresa. A empreendedora tem planos de mantê-los mesmo após a pandemia — já que é uma forma de atingir mais regiões dos Estados Unidos e até de outros países.  A empresa alcançou o número de 40 funcionários, incluindo Stoica como CEO.    

A expectativa agora é que o negócio cresça e que o brigadeiro fique cada vez mais famoso. “Meu sonho é fazer do brigadeiro o que os franceses fizeram com o croissant: tornar o nome conhecido ao redor do mundo”, afirma.

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 FONTE: Pequenas empresas grandes negócios 

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